segunda-feira, 28 de novembro de 2011

GLOBALIZAÇÃO E AS TRANSFORMAÇÕES NA VIDA DO HOMEM

Alguns autores acreditam que as mudanças: econômicas, sociais, políticas, culturais e educacionais, ocorreram devido o acelerado processo das transformações técnico-científicas. Essas revoluções estão assentadas em uma triade revolucionária: A microeletrônica, a microbiologia e a energia termonuclear. A energia termonuclear resultou da descoberta e utilização da energia a vapor, com a primeira Revolução Industrial, e posteriormente com a segunda Revolução Industrial da energia elétrica. A energia termonuclear é responsável, por grandes avanços e perigos para a vida humana e do planeta e dos animais, devido o risco de produção artificial de seres humanos, os viros artificiais e a possibilidade de guerras bacteriológicas. A revolução da microeletrônica é a mais percebida, pois está no nosso dia-a-dia, mediante: agendas eletrônicas, geladeiras, televisores, celulares e muitos outros, podendo destacar o computador, pois sua utilização é aplicado em diferentes atividades como: agricultura, indústria, comércio, etc. Com grandes reflexos econômicos sociais.
A liberação do trabalho humano na agricultura, não significou a melhoria da qualidade de vida das pessoas, mas causando certa exclusão e a expulsão dos trabalhadores do campo. Na Indústria, as modificações do processo de produção são ainda mais intensas, há uma crescente eliminação do trabalho humano na produção e nos serviços, pelo uso de rôbos e da informática, causando desemprego estrutural. A revolução informacional tem por base, o avanço das telecomunicações, da mídia e das novas tecnologias da informação. As informações circulam de maneira rápida, pois através da Internet, interliga milhares de usuários. As mídias exercem cada vez mais um papel de mediação e de tradução da realidade social, e vem sentindo o impacto da revolução da microeletrônica e do processo da informatização. E uma das principais características da revolução informacional e o surgimento de uma nova linguagem digital, sobretudo entre os jovens.
A informação de livre circulação é em geral tratada e midializada pelas mídias desqualificadas, que exercem um papel de entretenimento e de interesses das elites, pois é denominada pelo capitalismo. O conteúdo dessas mídias são pobres e insignifcantes, mas sendo capazes de dar condições objetivas de formação de uma cultura de massa mundial e de globalização do capital. A globalização veio para ficar e tem sido usado para expressar, os fatores econômicos, sociais, políticos e culturais e as etapas do desenvolvimento do capitalismo.
O capitalismo lançou-se no final do século XX, com o acelerado processo de reestruturação e integração da economia que vem sendo chamado de globalização ou mundialização. Os aspectos e as características principais dessa etapa do capitalismo são bastante diferenciadas, tornando visíveis a partir de 1980, com o neoliberalismo, criando condições para o impulso e a efetivação da globalização. A globalização pressupõe a submissão a uma racionalidade econômica baseada no mercado global competitivo e auto-regulável, e essa racionalidade exclui a regulação do mercado pelo Estado, em razão da lei natural da oferta e da procura. A formação do Estado globalizado tem por finalidade consolidar e sustentar a nova ordem econômica e política mundial.
Com a globalização dos mercados livre, faz com que os mercados se unifiquem e se despresem ao mesmo tempo em que impõe a lógica da exclusão. Ela se caracteriza pela flexibilidade dos processos de trabalho e dos mercados de produtos e de consumo. Esse processo ocorre em grande parte, devido às corporações transnacionais. A flexibilidade global da produção, ocasionada pela revolução tecnológica e pela globalização econômica também alcança o mercado de trabalho.
A globalização da produção passa a redefinir a geografia do mercado de trabalho mundial, a globalização do sistema financeiro é outra das marcas típicas do processo de globalização da economia e grandes somas de recursos atualmente existentes no mundo encontram-se em posse dos bancos, das corporações, das organizações e dos investidores internacionais. A globalização financeira tem ocorrido, em grande parte, graças ao empreendimento dos donos do capital para tornar o sistema financeiro autonômo dos Estados Nacionais com a ajuda do neoliberalismo de mercado.
A globalização também ocorre no âmbito do poder, tal configuração deve-se ao avanço do neoliberalismo de mercado, à queda do socialismo real, e a globalização do mercado, mediante a globalização do capital. O poder das sociedades neoliberais concentra-se nos grandes grupos financeiros e industriais, os quais juntamente com o Estado, definem as estratégias de desenvolvimento. Os países ricos desempenham papel ativo na criação e na sustentação do mundo globalizado, podemos destacar também o papel socioideológico desempenhado por outras organizações mundiais, como: ONU para educação, ciência e cultura (UNESCO), Organização Mundial de Saúde (OMS), a Organização Internacional do Trabalho (OIT), entre outras organizações.
O capitalismo liberalismo vem assumindo duas posições: concorrencial e estatizante. A concorrencial, cuja preocupação central é a liberdade econômica; a estatizante apresenta características de igualdade social, objetivando efetivar uma economia de mercado planejado e administrado pelo Estado; promover políticas públicas de bem estar social. Percebe-se que o liberalismo tem prevalecido nos momentos em que o capitalismo liberal é mais concorrecional, já o paradigma da igualdade tem sido mais hegêmonio nos momentos em que o capitalismo liberal é mais “estatizantemente-democrático”. Mas, é com o auxílio dos dois paradigmas que o liberalismo tem demonstrado capacidade de adaptar-se de incorporar críticas e de mudar de significado em cada momento.
A modernização econômica capitalista pós-segunda Guerra Mundial, depositou maior confiança na educação em vista das mudanças na economia e no mercado de trabalho. Os liberalistas acreditavam que através das universidades do ensino, seria possível estabelecer as condições de instituições da sociedade, garantindo a igualdade de oportunidade, desenvolvimento do indivíduo e a adaptação social de acordo com a inteligência e capacidade.
No Brasil o capitalismo ocorreu a partir da Revolução Industrial e com a urbanização da década de 30, sucede a tentativa de transformar a sociedade tradicional em uma sociedade moderna. O Estado Brasileiro expandiu-se, a fim de nacionalizar e desenvolver a economia brasileira. Criou programas de educação e saúde, assistência a agricultura, criou ainda um legislação trabalhista, assegurando ao trabalhador direitos sociais, como: salário mínimo, férias remuneradas e aviso prévio.
O paradigma da liberdade e da qualidade teve sua origem na produção capitalista, e esse modo de produção requereu inicialmente um mercado livre, para que pudesse prevalecer à competição, por isso o paradigma da liberdade vem afirmando-se no mundo da produção do mercado e do consumo, vem servindo, também para reordenar a ação do Estado em termos de políticas públicas, por exemplo, à Educação. Igualdade de acesso do ensino em todos os níveis e qualidade. O discurso do neoliberalismo de mercado e das mudanças técnico-científicos trouxeram novas exigências ao setor educacional. Esse novo momento evidencia a crise de um modelo societário capitalista-liberal estatizante e democrático igualitário que direcionou o projeto de modernização a partir da Segunda Guerra Mundial.
O modelo de exploração anterior, que exigia um trabalhador fragmentado rotativo, cede lugar a um modelo de exploração que requer um novo trabalhador, com habilidades de comunicação, de integração e de flexibilidade, para acompanhar o próprio avanço científico-tecnológico das empresas o qual se da através da competitividade. Por isso, a educação fundamental ganha centralidade nas políticas educacionais, as orientações do Banco Mundial para o Ensino Básico e Superior, consiste em desenvolver um ensino mais eficiente, de qualidade e capaz de oferecer uma formação geral mais sofisticada, em lugar de um treinamento para o trabalho. O banco também estimula o aumento da competitividade, a descentralização e a privatização do ensino. Requer que a educação escolar esteja articulada ao novo paradigma produtiva, para assegurar o acesso aos novos códigos da modernização capitalista.
A tecnologia educacional se preocupa com o método científico, para obter eficiência e qualidade no processo pedagógico. Essa nova abordagem da educação apoia-se em um conceito positivista de ciência neutra e objetiva. Essa nova cultura institucional levaria as universidades a buscar constantemente a qualidade total dos serviços, bem como a formar profissionais capazes de corresponder as sempre novas necessidades do mercado capitalista.


ROSANE FERREIRA BORGES RODRIGUES
Universidade Federal de Goiás
Curso de História (Licenciatura)




BIBLIOGRAFIA

Texto: “As Transformações Técnico-Científicas, Econômicas e Políticas”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário